
Capital intelectual: verdades e mitos
2002; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 13; Issue: 29 Linguagem: Português
10.1590/s1519-70772002000200003
ISSN1808-057X
AutoresMaria Thereza Pompa Antunes, Eliseu Martins,
Tópico(s)Information Science and Libraries
ResumoMuito se tem comentado que os relatórios fornecidos pela Contabilidade Financeira não retratam certas realidades das empresas atualmente, tendo em vista o fato de o valor contábil das ações estar muitas vezes abaixo do seu valor de mercado. Esse contraste entre os dois valores vem sendo identificado como Capital Intelectual e apresentado como um novo conceito de administração de empresas que conduz à necessidade de aplicação de novas estratégias, de nova filosofia de gestão e novas formas de avaliação do valor da empresa. Este trabalho evidencia a verdadeira relação existente entre a Contabilidade e o Capital Intelectual. Desmistifica-se a novidade do conceito, pois comprova-se que o capital Intelectual é parte integrante do Goodwill, conceito secularmente conhecido e estudado pela Contabilidade. Os elementos intangíveis sempre foram abordados pela Contabilidade e, da mesma forma, como nunca se desprezou a sua importância, nunca se subestimou a sua complexidade. Portanto, a Contabilidade não é falha na divulgação das informações por ela registradas. Deve-se entender a finalidade de cada uma das Demonstrações Contábeis, bem como os Princípios subjacentes a elas. A falta de conhecimento, por vezes, conduz a conclusões precipitadas e errôneas. Por outro lado, qualquer que seja o rótulo atribuído aos elementos intangíveis, que sempre fizeram parte das organizações, entende-se e aceita-se que hoje, cada vez mais, o conhecimento e o gerenciamento desses elementos são relevantes para a gestão das empresas, pois o momento atual é caracterizado pela ampla aplicação do recurso do conhecimento pelo homem, que se materializa em novas tecnologias, sistemas e serviços (entendidos como ativos intangíveis) que agregam valor às organizações.
Referência(s)