Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Avaliação de parâmetros fisiológicos de ovinos Dorper, Santa Inês e seus mestiços perante condições climáticas do trópico semi-árido nordestino

2004; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS; Volume: 28; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s1413-70542004000300018

ISSN

1981-1829

Autores

Marcílio Fontes Cézar, Bonifácio Benício de Souza, Wandrick Hauss de Souza, Edgard Cavalcanti Pimenta Filho, Gustavo de Paula Tavares, Gildenor Xavier Medeiros,

Tópico(s)

Animal Behavior and Welfare Studies

Resumo

Com este trabalho teve-se como objetivo avaliar os parâmetros fisiológicos (freqüência respiratória, freqüência cardíaca, movimentos ruminais e temperatura retal) de ovinos das raças Dorper, Santa Inês e seus mestiços F1, submetidos às condições climáticas do trópico semi-árido nordestino. Foram utilizados 48 ovinos, sendo 16 animais de cada um dos três grupos genéticos (Dorper, Santa Inês e mestiço F1 Dorper x Santa Inês), dos quais 8 do sexo masculino e 8 do sexo feminino. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado num esquema fatorial de 3 x 2 x 2 (3 grupos de animais, 2 sexos e 2 turnos de coletas). Das três fontes de variações consideradas: sexo, genótipo e turno, a última exerceu efeito significativo (P<0,05) em todos os parâmetros fisiológicos analisados, sem interagir com sexo e genótipo, enquanto o genótipo interagiu com o sexo (P<0,05) em relação à freqüência cardíaca e à respiratória. Concluiu-se que o turno foi o fator que mais influenciou nas respostas dos ovinos ao ambiente térmico, independentemente de genótipo e sexo. O turno da tarde conduziu os animais à situação de perigo, em termos de desconforto térmico, e à condição de elevado estresse calórico. Para a freqüência cardíaca, os machos F1 e as fêmeas Dorper e para freqüência respiratória, os machos e fêmeas Dorper e os machos F1 foram os mais estressados, o que demonstra menor adaptabilidade do genótipo exótico e de seus mestiços.

Referência(s)