
Crise epiléptica única: análise dos fatores de risco para recorrência
1999; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 57; Issue: 2B Linguagem: Português
10.1590/s0004-282x1999000300009
ISSN1678-4227
AutoresANNA ELISA SCOTONI, Marilisa M. Guerreiro, Hélio José De Abreu,
Tópico(s)EEG and Brain-Computer Interfaces
ResumoEstudamos crianças acompanhadas em nosso Ambulatório de Epilepsia Infantil que apresentaram primeira crise epiléptica não provocada no período de setembro/1989 a julho/1996. O tempo médio decorrido entre a crise e a inclusão no estudo foi 16 dias. As variáveis: idade, sexo, tipo e etiologia da crise epiléptica, estado de sono, antecedente de convulsão febril (CF), antecedente de crise não provocada nos familiares próximos (AF), eletrencefalograma (EEG) e tomografia computadorizada (TC) foram avaliadas como fatores de risco para recorrência. Encontramos dois grupos de pacientes, quanto a etiologia das crises: -(a) crises idiopáticas (G-CI) e (b) crises sintomáticas remotas (G-CSR). Este último grupo tinha apenas dois pacientes e foram excluídos. Prosseguimos a análise com os pacientes do G-CI (n=86). Foi observada recorrência em 29 crianças (33%), durante seguimento médio de 2,4 anos. Através de método estatístico, que utilizou o modelo de riscos proporcionados para análise uni e multivariada, observamos que os pacientes com EEG alterado e aqueles com AF positivo tiveram maior risco de recidiva (p < 0,003). Observando a curva de sobrevivência, estimou-se risco de recorrência após primeira crise: 18% no primeiro semestre e 27%, 35%, 38% no primeiro, segundo e terceiro anos, respectivamente.
Referência(s)