Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Aspectos relacionados à presença de fungos toxigênicos em uvas e ocratoxina A em vinhos

2009; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 39; Issue: 8 Linguagem: Português

10.1590/s0103-84782009005000201

ISSN

1678-4596

Autores

Juliane Elisa Welke, Michele Hoeltz, Isa Beatriz Noll,

Tópico(s)

Plant Pathogens and Fungal Diseases

Resumo

A colonização dos Aspergillus da secção Nigri nas uvas durante o cultivo é a principal fonte de ocratoxina A (OTA) nos vinhos. A. carbonarius e A. niger são os principais produtores desta micotoxina em uvas e são fungos oportunistas que, se desenvolvem, principalmente, nas bagas danificadas durante seu amadurecimento. A produção de OTA em uvas é influenciada pelas condições climáticas e áreas geográficas, bem como pela variedade de uva, pelo sistema de cultivo e pelos danos causados nas uvas por insetos, infecção fúngica ou excesso de irrigação e chuva. As medidas para o controle de fungos toxigênicos devem considerar esses pontos críticos de controle. A OTA presente nas uvas é transferida para o vinho durante o processo de vinificação, sendo que um aumento na concentração de OTA ocorre após a maceração das uvas. Durante o envelhecimento do vinho, observa-se que a toxina permanece estável, pois a mesma concentração de OTA é encontrada no vinho após um ano de armazenamento. Boas práticas de produção, como, por exemplo, a seleção e separação dos cachos de uva com desenvolvimento fúngico visível auxilia, consideravelmente, na redução dos níveis de contaminação por fungos produtores de OTA, bem como dos níveis dessa micotoxina nos vinhos.

Referência(s)