
TOXICIDADE AGUDA E EFEITOS HISTOPATOLÓGICOS DO DIQUATE NA BRÂNQUIA E NO FÍGADO DO PIAUÇU (<i>Leporinus macrocephalus</i>)
2007; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 17; Linguagem: Português
10.5380/pes.v17i0.10667
ISSN1983-9847
AutoresMatheus Nicolino Peixoto Henares, Claudinei da Cruz, Gabriela Roncada Gomes, Robinson Antônio Pitelli, Márcia Rita Fernandes Machado,
Tópico(s)Aquaculture Nutrition and Growth
ResumoA concentração letal CL (I) (50-96h) e os efeitos histopatológicos do diquate para o piauçu (Leporinus macrocephalus) foram avaliados em três experimentos conduzidos em condições de laboratório. Os peixes foram expostos às concentrações de 0; 12; 18; 24; 30; 36; 42; 48; 54; e 60 mg de diquate/L e a histologia da brânquia e do fígado avaliada nos peixes sobreviventes. A concentração letal CL (I) (50-96h) foi de 34,76 mg/L. Nos tratamentos controle, 12 e 18 mg/L as brânquias dos peixes estavam revestidas por epitélio estratificado que em intervalos regulares formaram as lamelas secundárias, constituídas por duas camadas de células epiteliais pavimentosas, células pilares, células-cloreto e células mucosas. Nos tratamentos com 24, 30, 36, 42, e 48 mg/L ocorreu hiperplasia das células de revestimento, das mucosas e das células cloreto no espaço interlamelar. No tratamento com 54 mg/L verificou-se edema subepitelial e fusão apical das lamelas secundárias. O fígado do piauçu nos tratamentos controle e 12 mg/L apresentaram arranjo cordonal dos hepatócitos. Nos tratamentos com 18, 24, 30, 36, 42, 48 e 54 mg/L ocorreu congestão no interior dos capilares sinusóides. Nos tratamentos com 48 e 54 mg/L constatou-se a presença de grânulos de glicogênio no interior da célula, início de necrose dos hepatopâncreas, congestão e fusão celular. O diquate mostrou-se pouco tóxico para o L. macrocephalus, e as alterações histopatológicas que ocorreram na brânquia e no fígado dos peixes são reversíveis.
Referência(s)