
Isótopos estáveis e produção de bebidas: de onde vem o carbono que consumimos?
2002; Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos; Volume: 22; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0101-20612002000300015
ISSN1678-457X
AutoresAna Cristina B. Oliveira, Cleber Ibraim Salimon, Débora Fernandes Calheiros, Fernando Fernandes, Ivan Vieira Neto, Luiz Fernando Charbel, Luiz F. Pires, Marcos S.M.B. Salomão, S. F. Nogueira, Simone Melo Vieira, Marcelo Zacharias Moreira, Luiz Antônio Martinelli, Plínio Barbosa de Camargo,
Tópico(s)Fermentation and Sensory Analysis
ResumoA composição isotópica do carbono (delta13C) foi utilizada na determinação da origem botânica (C3 x C4) de amostras de café, vinho, cerveja e vodka, de diferentes marcas e procedências, comercializadas no Brasil. Dentre as marcas de café analisadas, apenas uma apresentou um elevado percentual de plantas C4 em sua composição, evidenciado pelo valor de delta13C (-16,2‰). Os valores de delta13C das amostras de vinhos brasileiros, variaram entre -25,1 e -17,1‰, indicando a presença de carbono de origem C4 nas amostras que tiveram os maiores valores de delta13C. Duas marcas de vinhos importados, por sua vez, apresentaram delta13C característico de planta C3 (-27,1 e -26,3‰). Os valores de delta13C das vodkas importadas variaram entre -26,4 e -23,9‰, e as brasileiras entre -12,8 e -11,8‰, excetuando-se uma marca que apresentou valor -23,1‰. As marcas de cervejas importadas, em sua maioria, apresentaram valores mais negativos (-27,3 a -20,7‰) que as nacionais (-25,9 a -18,4‰). Estes resultados evidenciam a eficiência desta metodologia na determinação da origem do C e percentual de mistura destas bebidas.
Referência(s)