
Efeitos da terapia de reposição hormonal na cicatrização de anastomoses de cólon
2005; Sociedade Brasileira Para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia; Volume: 20; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0102-86502005000300008
ISSN1678-2674
AutoresMaria de Lourdes Pessole Biondo-Simões, Elise Zimmermann, Tatiana Sato Daher, Karin Soldatelli Borsato, Lúcia de Noronha,
Tópico(s)Wound Healing and Treatments
ResumoOBJETIVO: Existe coincidência entre os sintomas do climatério e o aparecimento acentuado dos sinais de envelhecimento da pele. Estudos, em modelos animais, mostraram que o estrógeno é uma espécie de mediador crítico na cicatrização de feridas. Os autores apresentam um estudo da influência da terapia de reposição hormonal (TRH) em anastomoses de cólon, feitas em ratas. MÉTODOS: Utilizam 3 grupos de ratas Wistar, um grupo de ooforectomizadas com TRH feita com 50mg de estrógeno e 2 mg de acetato de medroxiprogesterona, um de ooforectomizadas e sem TRH e um de ratas laparotomizadas e não ooforectomizadas. Realizaram a ooforectomia e a confirmação da condição hormonal após 28 dias. Em seguida instituíram a TRH ou de solução fisiológica, diariamente. Após 2 meses fizeram uma colotomia esquerda com anastomose término-terminal e estudaram a resistência e a densidade de colágeno com 7 e 14 dias. RESULTADOS: As anastomoses dos cólons das ratas sem TRH eram menos resistentes do que as do grupo controle tanto no 7.º dia (p=0,0488) como no 14.º dia (p=0,0115). A densidade de colágeno foi menor no 7.º dia (p=0,0210) com menor presença de colágeno I (p=0,0023) e de colágeno III (p=0,0470). No 14.º dia estas diferenças permaneceram significantes. Nas anastomoses dos cólons das ratas com TRH as diferenças, em relação ao grupo controle, não foram significantes. CONCLUSÃO: A falta dos hormônios ovarianos leva à menor resistência e atrasa a maturação de anastomoses do cólon, em ratas e estas deficiências são compensadas pela TRH.
Referência(s)