
Lesões graves em vítimas de queda da própria altura
2010; Brazilian Medical Association; Volume: 56; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0104-42302010000600013
ISSN1806-9282
AutoresJosé Gustavo Parreira, André Mazzini Ferreira Vianna, Gabriel Silva Cardoso, Walter Zavem Karakhanian, Daniela Medeiros Calil, Jaqueline A. Giannini Perlingeiro, Sílvia Cristine Soldá, José César Assef,
Tópico(s)Emergency and Acute Care Studies
ResumoOBJETIVO: Avaliar as características das vítimas de queda da própria altura, principalmente a respeito da frequência de lesões graves, seu diagnóstico e tratamento. MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos protocolos de trauma (coletados prospectivamente) de 10/06/2008 a 10/03/2009, incluindo as vítimas de trauma fechado com idade igual ou superior a 13 anos admitidas na sala de emergência. Consideraremos como "graves" as lesões com escore de AIS (Abbreviated Injury Scale) maior ou igual a três. As variáveis foram comparadas entre o grupo de vítimas de quedas da própria altura (Grupo I) e as demais vítimas de trauma fechado (Grupo II). Empregamos os testes T de Student, Qui quadrado e Fisher para a comparação entre os grupos, considerando o valor de p 3) foram mais frequentemente observadas em segmento cefálico (8,9%), seguidas pelas lesões em extremidades (4,9%). A craniotomia foi necessária em 2,3% das vítimas de quedas de própria altura. Observamos que, em comparação às vítimas de outros mecanismos de trauma fechado, as vítimas de quedas da própria altura apresentavam, significantemente (p<0,05), maior média etária, maior média de pressão arterial sistólica à admissão e maior média de AIS em segmento cefálico bem como menor média de ISS, de AIS em tórax, de AIS em abdome e AIS em extremidades. CONCLUSÃO: A valorização do mecanismo de trauma nas vítimas de quedas da própria altura é de extrema importância, visto a possibilidade de haver lesões graves e clinicamente ocultas, principalmente em segmento cefálico.
Referência(s)