Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Conhecimentos, atitudes e prática do exame de Papanicolaou por mulheres, Nordeste do Brasil

2009; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 43; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s0034-89102009005000055

ISSN

1518-8787

Autores

José Veríssimo Fernandes, Silvia Helena Lacerda Rodrigues, Yuri Guilherme Alexandre Silva da Costa, Luiz Cláudio Moura da Silva, Alípio Maciel Lima de Brito, Judson Welber Veríssimo de Azevedo, Ermeton Duarte do Nascimento, Paulo Roberto Medeiros de Azevedo, Thales Allyrio Araújo de Medeiros Fernandes,

Tópico(s)

Cervical Cancer and HPV Research

Resumo

OBJETIVO: Analisar conhecimentos, atitudes e práticas das mulheres em relação ao exame citológico de Papanicolaou e a associação entre esses comportamentos e características sociodemográficas MÉTODOS: Inquérito domiciliar com abordagem quantitativa. Foram entrevistadas 267 mulheres com idade de 15 a 69 anos, selecionadas de forma estratificada aleatória, residentes no município de São José do Mipibu, RN, em 2007. Utilizou-se questionário com perguntas pré-codificadas e abertas, cujas respostas foram descritas e analisadas quanto à adequação dos conhecimentos, atitudes e prática das mulheres em relação ao exame preventivo de Papanicolaou. Foram realizados testes de associação entre as características sociodemográficas e os comportamentos estudados, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Apesar de 46,1% das mulheres entrevistadas terem mostrado conhecimento adequado, proporções de adequação significativamente maiores foram observadas em relação às atitudes e prática quanto ao exame: 63,3% e 64,4%, respectivamente. O maior grau de escolaridade apresentou associação com adequação dos conhecimentos, atitudes e prática, enquanto as principais barreiras para a realização do exame relatadas foram descuido, falta de solicitação do exame pelo médico e vergonha. CONCLUSÕES: O médico é a principal fonte de informação sobre o exame de Papanicolau. Entretanto, mulheres que vão a consultas com maior freqüência, embora apresentem prática mais adequada do exame, possuem baixa adequação de conhecimento e atitude frente ao procedimento, sugerindo que não estejam recebendo as informações adequadas sobre o objetivo do exame, suas vantagens e benefícios para sua saúde.

Referência(s)