
Antropometria e fatores de risco em recém-nascidos com fendas faciais
2004; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1415-790x2004000400005
ISSN1980-5497
AutoresElza Cristina Miranda da Cunha, Rodrigo Barbosa Fontana, Tiago Fontana, Wilian Roberto da Silva, Quélen Viviane Pinheiro Moreira, Gilberto de Lima Garcias, Maria da Graça Martino Roth,
Tópico(s)Craniofacial Disorders and Treatments
ResumoOBJETIVO: buscando identificar e comparar características familiares e maternas entre portadores de fendas faciais e recém-nascidos isentos de morbidade, realizou-se um estudo com delineamento de caso e controle nos hospitais da cidade de Pelotas-RS. MÉTODOS: os dados foram obtidos através de entrevista com mães de 56 casos e 232 controles, nascidos nas cinco maternidades da cidade de Pelotas no período de 1990 a 2002. Os controles foram os quatro recém-nascidos que nasceram após o caso. Foram obtidas informações sobre o tipo de lábio leporino, sexo e peso do recém-nascido, gemelaridade, consangüinidade, etnia, história familiar de fissuras e de outras malformações. O planejamento de análise de dados incluiu o uso do teste t-Student, qui-quadrado e "odds ratio". RESULTADOS: obteve-se uma incidência de fenda labial com ou sem fenda palatina de 0,78 por 1.000 nascidos vivos. Diferenças significativas foram observadas em relação ao grau de instrução materna e história familiar positiva de malformações, com riscos relativos estimados em 6,0 e 2,3, respectivamente. CONCLUSÕES: em Pelotas, RS, foram encontrados 56 recém-nascidos portadores de lábio leporino com ou sem palato fendido no período do estudo. Os fatores de risco para esse tipo de anomalia foram: baixo grau de instrução materna, o qual pode estar relacionado ao conseqüente baixo nível socioeconômico, e história familiar positiva de presença de malformação de vários tipos.
Referência(s)