Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Dimensão da margem cirúrgica nas ressecções de metástase hepática de câncer colorretal: impacto na recidiva e sobrevida

2013; Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva; Volume: 26; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0102-67202013000400011

ISSN

2317-6326

Autores

Paulo Herman, Rafael Soares Pinheiro, Evandro Sobroza de Mello, Quirino Lai, Renato Micelli Lupinacci, Marcos V. Perini, Vincenzo Pugliese, Wellington Andraus, Fabrício Ferreira Coelho, Ivan Cecconello, Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque,

Tópico(s)

Pancreatic and Hepatic Oncology Research

Resumo

RACIONAL: Aproximadamente 50% dos pacientes com tumor colorretal apresentam metástase hepática sendo a hepatectomia o procedimento terapêutico de escolha. Discutem-se diversos fatores prognósticos; entre eles, a margem cirúrgica é fator sempre recorrente, pois não existe consenso da distância mínima necessária entre o nódulo metastático e a linha de secção hepática. OBJETIVOS: Avaliar as margens cirúrgicas nas ressecções de metástases hepáticas de câncer colorretal e sua correlação com recidiva local e sobrevida. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, baseado na revisão dos prontuários de 91 pacientes submetidos à ressecção de metástases hepáticas de neoplasia colorretal. Foi realizada revisão histopatológica de todos os casos com aferição da menor margem cirúrgica e observar o resultado tardio em relação à recidiva e sobrevida. RESULTADOS: Não houve diferença estatística nas taxas de recidiva e no tempo de sobrevivência global entre os pacientes com margens livres ou acometidas (R0vsR1), assim como não houve diferença entre as margens subcentimétricas e as maiores de 1 cm. A sobrevida livre de doença dos pacientes com margens microscopicamente acometidas foi significativamente menor do que dos com margens livres. A análise uni e multivariada não identificou a margem cirúrgica (R1, exígua ou menor que 1 cm) como fator de risco para recidiva. CONCLUSÕES: As ressecções de metástases hepáticas com margens livres de doença, independentemente das dimensões da margem, não influenciou na recidiva tumoral (intra ou extra-hepática) ou na sobrevida dos pacientes.

Referência(s)