Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Reestruturação produtiva e formas de flexibilização do trabalho

2006; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 13; Issue: 36 Linguagem: Português

10.1590/s1984-92302006000100005

ISSN

1984-9230

Autores

Andréa Poleto Oltramari, Valmíria Carolina Piccinini,

Tópico(s)

Academic Research in Diverse Fields

Resumo

Oartigo tem como objetivo investigar as formas de flexibilização de duas organizações do setor têxtil no interior do Rio Grande do Sul e suas repercussões sobre as relações de trabalho. Realizaram-se os dois estudos de caso, por meio de entrevistas individuais com cinco representantes da direção e vinte e oito trabalhadores. A empresa Alfa (EAlfa) utiliza, no processo produtivo, automação flexível de base eletrônica e microeletrônica, células de produção com ênfase em prêmios de produção e diversificação de modelos. É exigida mão-de-obra qualificada, bem como trabalhadores multifuncionais e aptos a subordinarem-se ao grupo e ao ritmo intenso de produção, o que se reflete no sentido dado ao trabalho por sua sobrecarga. Na Beta (EBeta) emprega-se tecnologia com base eletromecânica, sendo o processo produtivo de padrão fordista, com poucas inovações gerenciais e utilizando-se o trabalho a domicílio e o regime de banco de horas. A empresa conseguiu reduzir seu quadro funcional aumentando o de trabalhadores a domicílio. O acordo com os trabalhadores para aderir ao banco de horas ocorre pela adesão às regras, não havendo a imposição concreta das ordens. As repercussões nas relações de trabalho são: preferência pela contratação de mulheres, que aceitam mais facilmente o banco de horas e vêem como positiva a sua implantação, e mão-de-obra jovem para suportar as condições de trabalho.

Referência(s)