
Uso e qualidade da água subterrânea para irrigação no semi-árido piauiense
2006; UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE; Volume: 10; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1415-43662006000400014
ISSN1807-1929
AutoresAderson Soares de Andrade Júnior, Ênio F. de F. e Silva, E. A. Bastos, F. de B. Melo, C. M. Leal,
Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoA região semi-árida do Estado do Piauí é caracterizada por baixa intensidade pluviométrica e elevadas taxas de evapotranspiração. Porém a reserva de água subterrânea torna possível o desenvolvimento de atividades antrópicas, potencializada, na maioria dos casos, pelas características hidrogeológicas do subsolo, que permitem explotações de alta vazão de água com boa qualidade; todavia, alguns poços atingem formações de baixa vazão e qualidade de água com concentração de sais elevada e que, se utilizada para irrigação, pode ocasionar a salinização e a sodificação dos solos. Dessa forma, objetivou-se caracterizar as formas de uso e a qualidade das águas subterrâneas em parte da região semi-árida do Piauí, visando ao seu uso para irrigação. Coletaram-se amostras em 225 poços distribuídos espacialmente, nas quais foram analisadas as seguintes variáveis: condutividade elétrica, sódio, cálcio, magnésio, relação de adsorção de sódio, carbonato, bicarbonato, cloreto e sulfato. Em relação ao uso da água, predominou o uso doméstico (53,61%), seguido pela irrigação (21,17%), com os seguintes métodos: gotejamento (14,03%); microaspersão (3,83%); aspersão convencional (16,11%); canhão e autopropelido (13,66%); superfície (16,76%) e outros métodos artesanais (35,52%). Os mapas de classes de risco de uso para irrigação, gerados a partir da qualidade da água subterrânea, evidenciam a ocorrência de sub-áreas com as seguintes classes: nenhuma restrição, moderada restrição e severa restrição.
Referência(s)