Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Colonoscopia como método diagnóstico e terapêutico das moléstias do instestino grosso: análise de 2.567 exames

2005; Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE); Volume: 42; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0004-28032005000200003

ISSN

1678-4219

Autores

Sérgio Carlos Nahas, Carlos Frederico Sparapan Marques, Sérgio Alonso Araújo, Adilson Akihide Aisaka, Caio Sérgio Rizkallah Nahas, Rodrigo Ambar Pinto, Desidério Roberto Kiss,

Tópico(s)

Genetic factors in colorectal cancer

Resumo

RACIONAL: Com o surgimento das fibras ópticas na área médica, houve grande avanço tecnológico na observação do aparelho digestivo, com a introdução dos endoscópios flexíveis, usados anteriormente para o trato digestivo superior. OBJETIVO: Rever os resultados da aplicação da colonoscopia diagnóstica e terapêutica na Disciplina de Coloproctologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, respeitando as características de instituição de ensino e aprimoramento médico. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Análise retrospectiva dos dados referentes a 2.567 exames de fibrocolonoscopia realizados entre os anos de 1984 e 2002, seja em regime de internação hospitalar ou ambulatorial. As principais indicações de exame nesta casuística foram o sangramento retal/anemia em 571 (22,24%) doentes, alteração do hábito intestinal em 379 (14,76%), moléstia inflamatória em 222 (8,65%) e pós-operatório de neoplasia em 186 (7,25%). O preparo intestinal com manitol foi realizado na maioria dos doentes. A sedação, quando não contra-indicada, foi feita com meperidina e benzodiazepínico. Todos exames foram feitos com monitorização com oxímetro de pulso. RESULTADOS: O resultado do exame foi normal em 1.089 (42,42%) casos. Pólipos foram diagnosticados em 397 (15,47%) casos, doença diverticular em 330 (12,86%), doença inflamatória em 305 (11,88%) e câncer colorretal em 262 (10,21%). Foram realizadas 819 polipectomias em 397 doentes, gerando a média de 2,21 polipectomias por doente com pólipo. A colonoscopia foi considerada incompleta (quando não atingiu o ceco) em 181 (7,05%) casos. Houve um caso de perfuração por fratura de tumor subestenosante de retossigmóide. Complicações relacionadas à sedação levaram à interrupção do exame em 0,42% das vezes, sem maiores prejuízos aos pacientes. CONCLUSÃO: A colonoscopia foi método eficaz no diagnóstico e tratamento de afecções colorretais, sendo seguro e com baixo índice de morbidade em ambiente universitário.

Referência(s)