
Benefícios do decúbito ventral associado ao CPAP em recém-nascidos prematuros
2012; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1809-29502012000200008
ISSN2316-9117
AutoresFernanda de Córdoba Lanza, Patrícia Gombai Barcellos, Simone Dal Corso,
Tópico(s)Neuroscience of respiration and sleep
ResumoO objetivo deste estudo foi avaliar os benefícios nas variáveis clínicas do decúbito ventral (DV) associado a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), em recém-nascido pré-termo (RNPT). Foi feito um estudo transversal em RNPT com utilização do CPAP internados na unidade de terapia intensiva (UTI). As frequências cardíaca (FC) e respiratória (FR), SpO2, quantificação do desconforto respiratório pelo boletim de Silverman e Andersen (BSA: quanto maior o valor, pior o desconforto respiratório) foram avaliados em cinco fases. Na fase I foram avaliadas a FC, FR, SpO2 e BSA em decúbito supino. Nas fases II, III, IV e V foram coletadas as mesmas variáveis da fase I após 5, 15, 30 e 60 min, respectivamente. O RNPT foi posicionado em DV logo após a fase I. Foi realizada análise de variância repetida para comparação entre todas as variáveis estudadas nas cinco fases, e utilizado-se teste de Bonferroni para análise post hoc. Foi considerada significância estatística quando p<0,05. No estudo, foram incluídos 13 RNPT, com média idade gestacional 33±1,5 semanas, sendo 7 do gênero masculino. Não houve alteração significante na FC, FR e SpO2, entre todas as fases. Houve redução no BSA nas fases III e IV quando comparadas à fase I: fase 1, 4,6±1,6 vs. fase III, 2,4±0,5 (p=0,02); fase I, 4,6±1,6 vs. fase IV, 2,4±0,5 (p=0,002). Concluiu-se, então, então que DV reduz o desconforto respiratório em RNPT quando associado ao CPAP, quando permanecem por, pelo menos, 15 min, sem alteração na FC, FR e SpO2.
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