Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Uso do implante esférico Medpor ™: análise de 61 cirurgias orbitárias

2007; Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Volume: 70; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0004-27492007000100002

ISSN

1678-2925

Autores

Eurípedes da Mota Moura, Gisele Scholte de Souza Vieira,

Tópico(s)

Facial Trauma and Fracture Management

Resumo

OBJETIVO: Analisar o uso do implante biointegrável Medpor™ em cirurgias de evisceração, enucleação ou implantação secundária em cavidades anoftálmicas. MÉTODOS: Em 61 cirurgias foi utilizado o implante orbitário Medpor™ . Em 18 casos de evisceração, não houve necessidade do revestimento do implante. Em 12 cirurgias de enucleação e implantação secundária o material utilizado para revestir o implante foi duramater homóloga. Nas demais 31 cirurgias, o revestimento foi de material autólogo (esclera, derme, músculo orbicular ou cartilagem auricular), utilizando-se a técnica de "solidéu", recobrindo apenas a superfície anterior do Medpor ™ . RESULTADOS: Os pacientes foram operados no período de janeiro/1998 a dezembro/2004, com tempo de seguimento médio de 30 meses. Em todos os casos houve aceitação do implante, permitindo boa adaptação da prótese. Em dois pacientes ocorreu exposição tardia do implante: o primeiro caso foi corrigido pelo reposicionamento do implante na cavidade, e no segundo caso a exposição foi coberta com um retalho de tarso. CONCLUSÕES: Na nossa experiência o implante Medpor ™ apresenta boa aceitação com taxa de exposição pequena do mesmo (apenas 2 casos), nenhum caso de infecção ou migração, e boa adaptação da prótese em todos os pacientes. O uso de tecido autólogo para revestir a superfície anterior do implante elimina o risco inerente ao uso de tecidos homólogos.

Referência(s)