Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Árvores de Baginha (Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth.) em Ecossistemas de Pastagens Cultivadas na Amazônia Ocidental

2002; Sociedade Brasileira de Zootecnia; Volume: 31; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1516-35982002000300006

ISSN

1806-9290

Autores

C. M. S. de Andrade, J. F. Valentim, Jailton da Costa Carneiro,

Tópico(s)

Growth and nutrition in plants

Resumo

Foi estudado o efeito de árvores isoladas de baginha (Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth.) sobre alguns aspectos do ecossistema de pastagens cultivadas na Amazônia Ocidental. Avaliaram-se, sob a copa das árvores e na área adjacente a pleno sol, a fertilidade do solo, a serapilheira, o teor de água no solo, a transmissão de luz ao pasto, a disponibilidade de forragem e as composições química e morfológica das gramíneas (mistura de Brachiaria decumbens e B. brizantha cv. Marandu). As árvores de baginha tiveram efeito positivo sobre a fertilidade do solo, notadamente com relação ao conteúdo de matéria orgânica e de nitrogênio, sendo a deposição de grande quantidade de serapilheira, rica em nitrogênio, a principal contribuição. A forragem sombreada apresentou maiores teores de N e K e menores de Ca, na fração folha verde, do que em áreas a pleno sol. As árvores de baginha apresentaram copa pouco densa, permitindo a transmissão de 27% da radiação fotossinteticamente ativa incidente ao meio-dia. A elevada cobertura do solo (superior a 85%) e a boa disponibilidade de forragem sob a copa da baginha, juntamente com outros atributos, confirmam o potencial desta leguminosa para arborização de pastagens e como componente de outras modalidades de sistemas silvipastoris no trópico úmido.

Referência(s)