Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Causas de epilepsia tardia em uma clínica de epilepsia do Estado de Santa Catarina

1999; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 57; Issue: 3B Linguagem: Português

10.1590/s0004-282x1999000500009

ISSN

1678-4227

Autores

Marcelo Rigatti, Paulo Cesar Trevisol-Bittencourt,

Tópico(s)

Parasites and Host Interactions

Resumo

OBJETIVO: Identificar em nossa sociedade as etiologias mais prováveis de epilepsia iniciada após os 18 anos de idade. MÉTODO: Estudo retrospectivo e descritivo na CME/SUS de Florianópolis de 1990 à 1998, analisando 120 prontuários de pacientes com epilepsia tardia, isto é, aqueles que iniciaram suas crises epilépticas dos 18 anos em diante. As variáveis coletadas foram: idade da primeira crise, etiologias prováveis, história mórbida familiar. RESULTADOS: A prevalência encontrada para epilepsia tardia foi 29,48%.Epilepsias parciais sintomáticas foram majoritárias e as etiologias mais frequentes e relevantes encontradas foram: cisticercose com cerca de 20%, trauma crânio encefálico com 15%, convulsão febril na infância com 5% e 35% da amostra foi classificada como idiopática. CONCLUSÃO: prevalência de epilepsia de início tardio em nossa sociedade é 29,48%, cifra ligeiramente superior à relatada em países desenvolvidos (25%). Muito provavelmente, esta diferença é consequência do caráter epidêmico de cisticercose entre nós. Além disso, trauma crânio encefálico e crises febris são etiologias comuns. Profilaxia de epilepsia é viável e urgentemente necessária em nosso Estado.

Referência(s)