Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Fatores prognósticos associados ao tratamento cirúrgico da mielorradiculopatia espondilótica cervical

2012; Sociedade Brasileira de Coluna (SBC); Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s1808-18512012000100010

ISSN

2177-014X

Autores

Alexandre Meluzzi, Mário Augusto Taricco, Roger Schimidth Brock, Mário Rubem Pena Dias, Gilberto Nakaguawa, Vinícius Monteiro de Paula Guirado, Manoel Jacobsen Teixeira,

Tópico(s)

Spinal Fractures and Fixation Techniques

Resumo

OBJETIVO: Identificar os fatores clínicos dos indivíduos, fatores sociais, ambientais e dos exames de imagem que se correlacionam ao resultado final de melhora neurológica em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da mielopatia espondilótica cervical. MÉTODOS: A avaliação clínica foi quantificada pela escala deficitária da JOA. Analisamos 200 casos de mielorradiculopatia cervical, operados no HC-FMUSP, no período de janeiro de 1993 a janeiro de 2007. A média de segmento foi de 06 anos e 08 meses. A análise radiológica foi baseada nos critérios de instabilidade de White e scala de Kellgren. RESULTADOS: Em 80% houve melhora, 14% estabilização e em 6% piora do quadro neurológico. A piora neurológica não foi associada com nenhum fator clínico, ambiental ou de imagem. A melhora neurológica foi diretamente proporcional a menor idade na cirurgia, ausência de co-morbidade, sinal de Hoffman, atrofia muscular, hipersinal medular na RNM, menor período de evolução pré-operatório, melhor status neurológico pré-operatório e inversamente proporcional ao diâmetro AP do canal medular e multiplicidade de compressões. Identificou-se associação com o tabagismo. Mais de 70 anos, evolução superior a 24 meses, atrofia muscular, pontuação JOA igual ou inferior a sete pontos e diâmetro AP do canal inferior ou igual a seis mm não foram associado à melhora.

Referência(s)