
Considerações sobre o músculo estriado na desnutrição proteica estudo experimental, em ratos albinos
1990; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 48; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s0004-282x1990000400001
ISSN1678-4227
AutoresOsvaldo J. M. Nascimento, Kalil Madi, João Batista Guedes e Silva, Porphírio José Soares Filho, Myriam Dumas Hahn, Bernardo H. N. Couto, Marcos R. G. de Freitas,
Tópico(s)Nutrition and Health in Aging
ResumoOs efeitos da desnutrição sobre o músculo «gastrccnemius plantaris» de ratos albinos, limitando-se à genitora a dieta em 6,7% de proteínas e aos seus produtos, em 3,2% após o desmame, foram observados em microscopia óptica e eletrônica e comparados com os controles. Os animais, em número de 40, foram distribuídos em grupo hipoproteico e normal, sendo a metade de cada grupo sacrificada aos 15 dias e a restante, após o desmame, aoa 30 dias. Observamos acentuada redução ponderai dos ratos com alimentação bipoproteica, chegando a cerca de 50% em relação aos normais. As fibras do músculo estudado, nos ratos desnutridos, apresentaram importante redução de seus diâmetros. As reações histoquímicas revelaram que tanto as fibras do tipo I como as do tipo II estavam comprometidas, ocorrendo maior redução nas últimas. Fibras do tipo II, de pequena espessura, com aspecto de fibra P (fetal) foram encontradas nos animais subnutridos de 15 dias, denotando retardo na maturação destas fibras. As avaliações em ultramicroscopia não mostraram alterações específicas dia ultra-estrutura muscular, revelando apenas intensa redução do calibre das fibras, quando comparadas às dos ratos normais. Concluímos pela hipoplasia e não atrofia do tecido muscular dos animais submetidos a desnutrição pré e pós-natal. O presente estudo, somado a outros nos quais foram analisados a ponta anterior da medula e o nervo periférico de ratos desnutridos, permite-nos considerar que na privação proteica ocorrem retardo no desenvolvimento e hipoplasia da unidade mootra. Conjecturamos a possibilidade de, na amiotrofía espinhal progressiva da infância (doença de Werdnig-Hoffmann), acontecer também hipoplasia das fibras do tipo II e não atrofia, aventando a hipótese de, nesta doença, haver alterações no metabolismo proteico.
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