Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A mulher na recuperação recente do mercado de trabalho brasileiro

2008; Brazilian Association of Population Studies; Volume: 25; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0102-30982008000200003

ISSN

1980-5519

Autores

Eugênia Troncoso Leone, Paulo Eduardo de Andrade Baltar,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

O mercado de trabalho nos últimos anos tem dado sinais de recuperação, destacando-se a maior formalização dos empregos. A população economicamente ativa, no conceito amplo do IBGE, distribui-se entre o mercado de trabalho por conta-alheia, que abrange os empregados de estabelecimento, o serviço doméstico remunerado e os desempregados, e o trabalho por conta-própria, que abarca os trabalhadores autônomos, os membros de suas famílias que trabalham sem remuneração, os empregadores e os trabalhadores na produção agrícola para o consumo próprio e na autoconstrução. No mercado de trabalho por conta-alheia, a mulher apresenta maiores taxa de desemprego e informalidade no vínculo do emprego. No trabalho por conta-própria, a presença feminina é maior entre os não-remunerados e na produção agrícola para o consumo próprio, enquanto os homens têm maior participação entre os autônomos e empregadores. O mercado de trabalho por conta-alheia abrange dois terços da PEA e, recentemente, tem crescido mais fortemente do que o por conta-própria. No mercado de trabalho por conta-alheia, o emprego formalizado tem crescido mais fortemente do que o sem carteira. A participação da mulher tem-se ampliado nos dois tipos de trabalho, mas as diferenças de renda por sexo continuam muito grandes. Apesar da maior participação, as mulheres continuam segregadas em ocupações de menor renda, tanto no mercado de trabalho por conta-alheia como naquele por conta-própria.

Referência(s)