
A literatura europeia entre a fábula religiosa indiana e um Buda defraudado
2015; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 13; Issue: 37 Linguagem: Português
10.5752/p.2175-5841.2015v13n37p504
ISSN2175-5841
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoTem-se como objetivo apresentar que, em quase toda a Europa, nos períodos medieval e moderno, tornou-se recorrente as impressões imaginárias sobre as fábulas religiosas indianas e a vida de Buda, iniciadas quase dois mil anos antes na Grécia. As novelas medievais, por exemplo, com seus heroicos cavaleiros, assim como as fábulas modernas, possuem, todas, uma marca significativa, senão plágios, da literatura religiosa popular ou erudita indiana. Na verdade, aos nos basearmos metodologicamente na história das ideias, verificamos que foi a Índia (com seus imaginários mágicos) a fonte longínqua e literária do conto, apólogo, romance de cavalaria etc., que tanto encanto deram à época medieval europeia. Isto é confirmado por Theodor Benfey, um dos tradutores do Pañcatantra, nossa principal fábula indiana aqui exposta, ao pronunciar o dictum, em 1859, de que o grande número das fábulas mundiais, as quais foram produzidas no Ocidente, têm origem no mundo mágico da Índia; destas, um pequeno número já havia, inclusive, chegado à Europa como histórias orais, antes mesmo do século X.
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