
Saúde, democracia e organização do trabalho no contexto do Programa de Saúde da Família: desafios estratégicos
2009; Associção Brasileira de Educação Médica; Volume: 33; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0100-55022009000100016
ISSN1981-5271
AutoresTúlio da Silva Junqueirai, Rosângela Minardi Mitre Cotta, Ricardo Corrêa Gomes, Suely de Fátima Ramos Silveira, Rodrigo Siqueira‐Batista, Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro, Elza Machado de Melo,
Tópico(s)Social and Economic Solidarity
ResumoA democracia deve promover a satisfação de interesses diversos (o bem comum), o que é imprescindível à construção dos consensos, quando possível, entre os distintos atores. A partir de meados da década de 1970, o Brasil passa por importantes transformações político-democráticas, configurando-se em anos de mudanças nos paradigmas da saúde. Com a Constituição de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), os gestores, trabalhadores e usuários do sistema se deparam com uma nova forma de pensar, estruturar, desenvolver e produzir serviços e assistência em saúde - modelo de produção social em saúde. Entretanto, para promover o desenvolvimento da real ruptura com o modelo sanitário anterior - flexneriano -, as relações trabalhistas devem superar a precarização do trabalho por meio de medidas como investimentos consistentes nas áreas da gestão de recursos humanos, com a criação de meios de discussão para uma gestão democrática. O presente artigo tem como proposta repensar as relações entre a democracia e a saúde, a partir da análise reflexiva das práticas de gestão do trabalho no Programa de Saúde da Família (PSF), no contexto das reformas políticas. Entende-se que a efetiva consolidação do PSF como reorganizador da Atenção Básica, possibilitará configurar novos arranjos institucionais, capazes de repercutir na cultura sociopolítica do País, e contribuirá para a construção de políticas mais eficazes, justas e solidárias propostas pelo SUS.
Referência(s)