
As atividades turísticas baseadas na alimentação artificial de botos-da-Amazônia (Inia geoffrensis) e a legislação ambiental brasileira
2013; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 28; Linguagem: Português
10.5380/dma.v28i0.31511
ISSN2176-9109
AutoresLuiz Cláudio Pinto de Sá Alves, Carlos José Saldanha Machado, Rodrigo Machado Vilani, Marcelo Derzi Vidal, Artur Andriolo, Alexandre de Freitas Azevedo,
Tópico(s)Environmental Sustainability and Education
ResumoA atividade turística de interação ser humano-boto-da-Amazônia (Inia geoffrensis), baseada na prática do condicionamento por meio da alimentação artificial, vem aumentando quantitativamente nos últimos anos, assim como a literatura que descreve os seus efeitos negativos. O objetivo deste trabalho é avaliar essa atividade à luz da legislação ambiental, tomando como estudo de caso o Parque Nacional de Anavilhanas (PNA), localizado em Novo Airão, Estado do Amazonas, Brasil. A partir de consultas à literatura especializada, da leitura do arcabouço legal e da análise de material empírico, constata-se que i) legalmente, esta prática está em conflito com alguns aspectos da legislação ambiental, conceitos de ecoturismo e funções das Unidades de Conservação, e ii) administrativamente, os órgãos ambientais responsáveis vêm tomando as medidas necessárias para a mitigação dos impactos negativos e conduzindo ações graduais visando adequar as atividades turísticas à legislação ambiental vigente. Conclui-se afirmando que muito ainda deve ser feito para que o modelo de turismo com botos na Amazônia seja desenvolvido de forma sustentável, sugerindo-se que o conjunto de ações heterogêneas propostas seja implementado para este fim.
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