Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Fístulas enterocutâneas pós-operatórias: análise de 39 pacientes

2002; Brazilian College of Surgeons; Volume: 29; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/s0100-69912002000600010

ISSN

1809-4546

Autores

Orlando Jorge Martins Torres, Rosimarie Moraes Salazar, Jeannie Valéria Gonçalves Costa, Flavia Carvalhal Frazão Corrêa, Osvaldo Malafaia,

Tópico(s)

Abdominal Surgery and Complications

Resumo

OBJETIVO: As fístulas enterocutâneas podem ocorrer de forma espontânea ou no período pós-operatório. A fístula pós-operatória representa mais de 90% de todas as fístulas intestinais e estão quase sempre relacionadas com alguma das principais complicações da cirurgia do aparelho digestivo. De acordo com os fatores de risco e as características destas fístulas, têm sido propostas diferentes classificações prognósticas. Este estudo tem por objetivo analisar o resultado do tratamento de pacientes portadores de fístulas enterocutâneas pós-operatórias. MÉTODO: Foram analisados 39 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico que desenvolveram fístula enterocutânea. Havia 27 pacientes do sexo masculino (69,2%) e 12 do sexo feminino (30,8%) com média de idade de 45,8 anos. Os fatores de risco considerados foram sepse, nível da albumina sérica, débito da fístula, idade do paciente e cirurgia de emergência. RESULTADOS: Sepse esteve presente em 13 pacientes com 61,5% de mortalidade, fístula de alto débito em 23 pacientes com 30,4% de mortalidade, idade acima de 60 anos em 14 pacientes com 28,5% de mortalidade e a albumina sérica baixa na admissão também esteve relacionada com mortalidade. CONCLUSÃO: Os autores concluem que a presença de sepse não controlada foi o fator mais importante de mortalidade.

Referência(s)