Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Valor prognóstico da ecocardiografia sob estresse físico em portadores de bloqueio do ramo esquerdo

2011; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 97; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/s0066-782x2011005000098

ISSN

1678-4170

Autores

Francis de Lima Vasconcelos, Bruno Fernandes de Oliveira Santos, Nathalie de Oliveira Santana, Gustavo Baptista de Almeida Faro, Romerito de Oliveira Rocha, Vinício Vieira Leal, José Augusto Soares Barreto-Filho, Antônio Carlos Sobral Sousa, Joselina Luzia Menezes Oliveira,

Tópico(s)

Cardiac pacing and defibrillation studies

Resumo

FUNDAMENTO: A literatura carece de estudos a respeito do valor prognóstico da ecocardiografia sob estresse pelo esforço físico (EF) em pacientes portadores de bloqueio completo do ramo esquerdo do feixe de His (BRE). OBJETIVO: Avaliar o valor prognóstico da EF em portadores de BRE. MÉTODOS: Trata-se de coorte retrospectiva, em que foram avaliados 135 pacientes portadores de BRE, no período entre janeiro de 2001 e outubro de 2009, dos quais 37,8% eram homens, com média de idade de 63,6 ± 11,5 anos, submetidos à EF segundo o protocolo de Bruce em esteira ergométrica. Foi utilizada a regressão de Cox, considerando-se estes desfechos: óbito por todas as causas e por eventos cardíacos, definidos como infarto agudo do miocárdio (IAM), angioplastia percutânea (AP), revascularização miocárdica (RM) e óbito por causas cardíacas. RESULTADOS: A EF positiva foi encontrada em 42 pacientes (31%). O tempo de seguimento médio foi de 45,8 ± 4,7 meses. Nesse período, houve nove óbitos por todas as causas e nove eventos cardíacos (três óbitos por causa cardíaca, três IAM, duas AP e uma RM). A taxa de mortalidade por todas as causas em cinco anos foi de 16,1% no grupo com exame positivo e de 2,5% no grupo com exame negativo (p = 0,171), enquanto a taxa de eventos cardíacos no mesmo período foi de 15,1% no grupo com exame positivo e de 1,6% no grupo com exame negativo (p = 0,009). CONCLUSÃO: A EF mostrou-se preditora de eventos cardíacos em pacientes portadores de BRE.

Referência(s)