
Representações sociais do crack na imprensa pernambucana
2012; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS; Volume: 29; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0103-166x2012000300008
ISSN1982-0275
AutoresMaria de Fátima de Souza Santos, Manoel de Lima Acioli Neto, Yuri Sá Oliveira Sousa,
Tópico(s)HIV, Drug Use, Sexual Risk
ResumoEste artigo teve como objetivo analisar as representações sociais sobre o crack veiculadas pelos jornais pernambucanos. O trabalho caracterizou-se como uma pesquisa documental, com base na análise de 283 matérias publicadas em jornais de ampla circulação na cidade do Recife, no período de janeiro de 2007 a abril de 2008. Os dados foram analisados por meio do software Alceste e da análise de conteúdo. Os resultados demonstraram que os discursos veiculados sobre o crack, por um lado, descrevem-no como uma droga relacionada a uma forte angústia e fragilidade do sujeito, e, de outro, como parte do narcotráfico, relacionando-o com a criminalidade. Essas representações, portanto, devem ser observadas, pois a elas podem estar associados discursos e práticas sociais que situam o usuário como sujeito desprovido de capacidade avaliativa de sua própria condição e de sua relação com a droga, podendo-se recair em práticas paternalistas e/ou violentas com os usuários.
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