Artigo Acesso aberto Produção Nacional

(In)fidelidade feminina: entre a fantasia e a realidade

2009; Volume: 21; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0103-56652009000100011

ISSN

1980-5438

Autores

Marion Arent,

Tópico(s)

Intimate Partner and Family Violence

Resumo

Este artigo investiga a (in)fidelidade conjugal feminina em um "Clube de Mulheres" na cidade do Rio de Janeiro. Dados revelam desigualdades de gênero em relação à infidelidade conjugal. Alguns alicerces da dominação masculina, como a heteronomia e a vitimização, persistem entre as informantes. Para a maioria delas, querer não equivale a poder trair, como atestam as diversas estratégias de ocultação e as "justificativas" que apresentam à traição como reação à rotina do casamento e/ou à suposta infidelidade do parceiro. Traidores e/ou traídos, os homens, enquanto categoria sociossexuada, são dominantes. A ruptura com certos preceitos normativos do gênero feminino é fonte de prazer, mas também de culpa. Valores tradicionais, como fidelidade, segurança e estabilidade aparecem lado a lado com outros considerados modernos, como independência, autonomia e privacidade.

Referência(s)