Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Sulfatos secundários de Itaquaquecetuba, Estado de São Paulo

2011; Volume: 32; Issue: 1-2 Linguagem: Português

10.5935/0100-929x.20110005

ISSN

2176-1892

Autores

Daniel Atencio, Raphael Hypólito,

Tópico(s)

Minerals Flotation and Separation Techniques

Resumo

Os sulfetos de ferro pirita e marcassita ocorrem como cimento em rochas sedimentares da Formação Itaquaquecetuba, no município homônimo, Estado de São Paulo. A exposição destes minerais a condições oxidantes provoca a formação de soluções ácidas de sulfato de ferro que atacam feldspatos, micas e outros minerais, enriquecendo-se em potássio, sódio, cálcio, alumínio e magnésio. A partir dessas soluções precipitam sulfatos contendo esses cátions. Estudos mineralógicos permitiram a identificação dos sulfatos melanterita, rozenita, coquimbita, metavoltina, alunogênio, epsomita e gipsita, bem como minerais dos grupos da halotriquita, copiapita e alunita. Várias transformações mineralógicas ocorreram após a coleta das amostras, incluindo a formação de materiais não observados nos afloramentos de Itaquaquecetuba, como römerita, paracoquimbita e um sulfato de ferro amorfo. O hábito de minerais e agregados - crostas, agregados sacaroidais ou fibrosos e estalactites - reflete cristalização rápida. A sequência de formação dos sulfatos de Itaquaquecetuba é a seguinte: 1) sulfatos hidratados de ferro (II); 2) sulfatos hidratados de ferro (II), ferro (III) e outros cátions; 3) hidroxissulfatos hidratados de ferro (III) e outros cátions. Após esta etapa, duas linhagens divergentes são aparentes, uma com a formação de sulfatos hidratados de ferro (III) e outra com a formação de hidroxissulfatos de ferro (III), eventualmente com outros cátions. A etapa final da alteração produz goethita.

Referência(s)
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