Algumas civilidades duráveis: entre feijoada e ficelle picarde
2004; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0102-69922004000200005
ISSN1980-5462
Autores Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
Resumo“Oropa, Franca, Bahia”De Sylvia, ha muito tempo que varias amigas de Aix-en-Provence, estudantes, na epoca como eu, na Universite de Provence,me falavam. Os acasos da vida fizeram com que bem mais tarde, emais longe, a conhecesse. De fato, me lembro daquele dia em queSylvia, ha pouco tempo desembarcada naquela Universidade tropicaldo Nordeste do Brasil, vinha nos falar de identidade, nos confessarseu pouco entusiasmo pela nocao de “representacao”, muito na modaentre os sociologos brasileiros no inicio dos anos 90, e tratar conosco,entre outros temas, de estetica, de semiotica.Seu trabalho sobre o “feio” e o “bonito”, em um pais onde apopulacao jovem, em conjunto com a midia e o inconsciente coletivo,nao tinha dificuldade para impor seus criterios de beleza, ecoavafacilmente em nos. O descendente direto de colonos europeus, aqueleque tem “bons” cabelos, ou seja, nao crespos, que alem do mais eloiro e de cor branca, tem mais chances de se dar bem, do que seusemelhante negro, indio ou mestico. Sem ainda o saber, com suaspalavras, Sylvia nos lembrava de
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