Heresia, doença, crime ou religião: o Espiritismo no discurso de médicos e cientistas sociais
1997; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 40; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0034-77011997000200002
ISSN1678-9857
Autores Tópico(s)Sociology and Education in Brazil
ResumoDesde a segunda metade do século XIX e até a década de 1940, as práticas e doutrinas espíritas mobilizaram o pensamento médico, num duplo empreendimento intelectual e de intervenção social. O artigo aborda vários textos elaborados, neste período, por médicos (tais como Nina Rodrigues e Leonídio Ribeiro), explorando como neles é definido e analisado o espiritismo, e localizando, entre as diversas épocas, continuidades e rupturas. Na década de 1930, o espiritismo e os cultos de possessão em geral começam a ser tratados por referência a categorias sociológicas e antropológicas, sinalizando uma transformação importante no seu estatuto (Arthur Ramos é um nome chave). No artigo, esta transição é problematizada a partir da análise da categoria "higiene mental", utilizada por intelectuais durante as décadas de 1920 e 1930 e associada às discussões sobre a constituição e destinos do Brasil enquanto nação.
Referência(s)