
Importância dos ácidos graxos essenciais e os efeitos dos ácidos graxos trans do leite materno para o desenvolvimento fetal e neonatal
2007; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 23; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0102-311x2007000300011
ISSN1678-4464
AutoresSandra Manzato Barboza Tinoco, Rosely Sichieri, Aníbal Sanchez Moura, Flávia da Silva Santos, Maria das Graças Tavares do Carmo,
Tópico(s)Muscle metabolism and nutrition
ResumoA prática da amamentação tem grande impacto do ponto de vista da saúde pública, pois o leite materno é o melhor alimento a ser oferecido até o sexto mês de vida da criança. A fração lipídica do leite representa a maior fonte de energia para crianças e fornece nutrientes essenciais, tais como vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos poliinsaturados (AGPI). Os ácidos graxos essenciais (AGE) linoléico (LA, 18:2n-6) e alfa-linolênico (ALA, 18:3n-3) são precursores dos ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (AGPI-CL), incluindo os ácidos docosahexaenóico (DHA) e araquidônico (ARA). A qualidade dos lipídios no leite secretado está diretamente relacionada com a ingestão materna. Os AGPI-CL são importantes na proteção contra alergia e infecções, no processo visual e no desenvolvimento cognitivo na infância. O processamento industrial de alimentos introduziu os ácidos graxos trans (AGT) entre os nutrientes disponíveis à população. Os AGT podem interferir no metabolismo dos AGE, diminuindo a síntese de DHA e ARA. Portanto, nos parece relevante esclarecer a população sobre a importância de um aporte adequado de AGPI e reduzido de AGT durante o período de desenvolvimento pré e pós-natal.
Referência(s)