Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Prognóstico de tumores testiculares germinativos

2002; Sociedade Brasileira Para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia; Volume: 17; Issue: suppl 3 Linguagem: Português

10.1590/s0102-86502002000900012

ISSN

1678-2674

Autores

José Anastácio Dias Neto, André Luiz Alonso Domingos, Antônio Carlos Pereira Martins, Sílvio Tucci, Haylton Jorge Suaid, Adauto José Cologna, Cassio Botene Schneider,

Tópico(s)

Sexual Differentiation and Disorders

Resumo

OBJETIVO: Investigar as características e a evolução de homens adultos portadores de tumores germinativos do testículo. MÉTODOS: Estudamos as características e a evolução 29 pacientes tratados (14 seminomas e 15 não seminomas). O tempo médio de seguimento foi de 56 meses para os seminomas e de 40 meses para os não seminomatosos. Todos foram submetidos a orquiectomia. Nos estádios II e III associou-se radioterapia para os seminomas, e quimioterapia e linfadenectomia para os não seminomatosos. RESULTADOS: As queixas mais freqüentes foram aumento de volume testicular (57%) e dor (30%). Nos seminomas a idade média foi de 41,2 anos e nos não seminomas foi de 29,2 anos. Antecedente de criptorquidia foi assinalada em 28,5% dos seminomas e em 15,5% dos não seminomatosos. As proporções respectivas de estádios I, II e III foram de 79%, 14% e 7% em seminomas, e 40%, 27% e 33% em não seminomas. Os seminomas não provocaram elevação dos marcadores AFP ou b-HCG enquanto os não seminomatosos elevaram esses marcadores respectivamente em 46,6% e 33,3% dos casos. Morte pela doença ocorreu em 1 caso de seminoma e 3 de não seminomas, mas não houve diferença na sobrevida entre os grupos. CONCLUSÃO: A criptorquidia continua sendo um fator predisponente importante na etiologia dos tumores germinativos. Apesar dos tumores não seminomatosos se apresentarem em estádios mais avançados a sobrevida dos pacientes não difere da apresentada pelos portadores de seminomas.

Referência(s)