Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Breve investigação genealógica sobre o outro

2011; Centro de Estudos Educação e Sociedade; Volume: 32; Issue: 114 Linguagem: Português

10.1590/s0101-73302011000100009

ISSN

1678-4626

Autores

Nadja Hermann,

Tópico(s)

Philosophy and Historical Thought

Resumo

O artigo investiga o movimento constitutivo dos modos de relação que a subjetividade estabelece com o estranho e o outro. Num primeiro momento, destaca-se a constituição de uma relação de identidade e exclusão que remonta ao início da Filosofia, com a teoria platônica, na qual o estranho se situa no corpo e no afastamento penoso das pulsões e dos afetos, pela separação entre corpo e alma. Num segundo momento, retoma-se, a partir de Hegel, o movimento da subjetividade como autoconsciência e sua relação com o estranho ou a alteridade, na luta pelo reconhecimento. Outra possibilidade apresenta-se com a hermenêutica filosófica de Gadamer, cujo giro em direção à conversação não retrocede à dialética platônica nem à hegeliana, mas significa um movimento de saída de si mesmo, "pensar com o outro e voltar sobre si mesmo como outro". Pretende-se mostrar também os limites, as possibilidades e as ambivalências de nossa compreensão do outro.

Referência(s)