
Queilite actínica adjacente ao carcinoma espinocelular do lábio como indicador de prognóstico
2006; Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia; Volume: 72; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0034-72992006000600007
ISSN1806-9312
AutoresMarilda Aparecida Milanêz Morgado de Abreu, Olga Maria Panhoca da Silva, Dalva Regina Neto Pimentel, Cleonice Hitomi Watashi Hirata, Luc Louis Maurice Weckx, Maurício Mota de Avelar Alchorne, N. S. Michalany,
Tópico(s)Oral and Maxillofacial Pathology
ResumoMuitos estudos demonstram associação entre queilite actínica e carcinoma espinocelular do lábio. OBJETIVO: Verificar a relação da queilite actínica com o prognóstico dessa neoplasia. MATERIAIS E MÉTODOS: Elaborou-se um estudo de coorte retrospectivo com corte transversal em carcinoma espinocelular do lábio. Cortes histológicos desse tumor, levantados entre 1993-2000, nos arquivos do Departamento de Patologia/Universidade Federal de São Paulo, foram revisados para evidenciar presença ou ausência de queilite actínica no vermelhão adjacente ao tumor. Os prontuários dos pacientes foram revisados à procura de informações sobre exposição solar, metástase e recidiva. A ocorrência ou ausência de recidiva e metástase foi correlacionada com a presença ou ausência de queilite actínica no vermelhão. Os dados obtidos foram analisados pelo teste exato de Fisher. RESULTADOS: Dos 31 pacientes selecionados predominou o sexo masculino, cor da pele branca e localização no lábio inferior. Constatou-se: independência entre a ocorrência de metástase e recidiva com sexo, cor dos pacientes e localizações no lábio superior ou inferior; dependência entre a presença de queilite actínica e elastose solar, dependência entre a ausência de queilite actínica e presença de metástase; independência entre a ausência de queilite actínica e presença de recidiva. CONCLUSÃO: Os tumores originários de queilite actínica têm melhor prognóstico.
Referência(s)