Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Ensino de filosofia e cidadania nas ''sociedades de controle'': resistência e linhas de fuga

2010; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 21; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0103-73072010000100007

ISSN

1980-6248

Autores

Sílvio Gallo, Renata Lima Aspis,

Tópico(s)

Political theory and Gramsci

Resumo

Este artigo tem por objetivo problematizar as relações entre ensino de filosofia e cidadania na sociedade contemporânea. Assume a caracterização de Lipovestky dos ''tempos hipermodernos'', baseados na hiperbolização dos três eixos da modernidade: o mercado, o indivíduo e a eficiência técnica. A forma política predominante é aquela que Deleuze denominou de ''sociedades de controle'', operando segundo a lógica da biopolítica, desvendada por Foucault. Recorre a Rancière para mostrar que, nessas sociedades, vivemos mais no âmbito da polícia, como administração do social, do que da política, como acontecimento de uma ruptura. Interroga-se: em que consiste a cidadania? Em afirmar essa sociedade de controle ou em opor resistências a ela, traçando linhas de fuga? Para pensar um ensino de filosofia que seja a prática do pensamento autônomo e criativo, o artigo escolhe a segunda opção, propondo um ensino de filosofia que enxameie saídas, que crie armas de resistências e criação.

Referência(s)