
Incontinência urinária de esforço em mulheres pertencentes ao Programa de Saúde da Família de Dourados (MS)
2010; Brazilian Medical Association; Volume: 56; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0104-42302010000600011
ISSN1806-9282
AutoresGuido Vieira Gomes, Genivaldo Dias da Silva,
Tópico(s)Maternal and Perinatal Health Interventions
ResumoOBJETIVO: Descrever a prevalência da incontinência urinária (IUE), de esforço nas mulheres acima de 20 anos pertencentes ao Programa de Saúde da Família (PSF) no município de Dourados e correlacionar com as seguintes variáveis: idade, índice de massa corpórea (IMC), paridade, número de gestações, histerectomia, tabagismo e Diabetes mellitus. MÉTODOS: O estudo foi do tipo transversal através de inquérito domiciliar em que foram entrevistadas 336 mulheres acima de 20 anos que não apresentavam os critérios de exclusão. Foram utilizados na entrevista dois formulários: uma ficha de avaliação, na qual eram anotados dados demográficos, e o questionário ICIQ-SF que avalia o impacto na qualidade de vida (QV). Na análise estatística foram utilizados o teste quiquadrado, o teste T, o coeficiente de contingência corrigido e um modelo de regressão logística do tipo Forward Stepwise. RESULTADOS: A prevalência de IUE no estudo foi de 21,4%. Em relação aos fatores de risco, a idade (p=0,113), tabagismo (p=0,796) e Diabetes mellitus (p=0,221) não apresentaram associação estatisticamente significativa, por outro lado o IMC (p=0.007), número de gestações (p=0,018), paridade (p=0,032) e histerectomia (p=0.024) apresentaram associação porém fraca. Utilizando regressão logística, somente o pareamento de peso e histerectomia puderam predizer o desfecho (IUE). A maioria das portadoras de IUE (63,9%) considerou muito grave o comprometimento na QV. CONCLUSÃO: A prevalência da IUE observada foi semelhante à encontrada em outros estudos; IMC, paridade, número de gestações e histerectomia apresentaram associação com esta patologia, que compromete gravemente a QV.
Referência(s)