Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estudo da correlação entre pressão intra-ocular e espessura corneana central (projeto glaucoma)

2000; Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Volume: 63; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s0004-27492000000500005

ISSN

1678-2925

Autores

Kenji Sakata, Aloisio Laurindo de M. Figueira, Ana Cecília Pedriali Guimarães, Artur José Schmitt, Luciana Scapucin, Luis Guilherme Rego Barros, Nara Delai,

Tópico(s)

Corneal Surgery and Treatments

Resumo

Objetivos: Avaliar a distribuição da espessura corneana central (ECC) e sua relação com a pressão intra-ocular (PIO) em um grupo de pacientes e demonstrar a utilidade da paquimetria para avaliar a PIO em casos selecionados. Métodos: A espessura corneana central foi determinada em 167 pacientes com mais de 40 anos de idade (319 olhos) por meio de paquimetria ultra-sônica. A pressão intra-ocular foi medida com tonômetro de aplanação de Goldmann. Resultados: A ECC média dos 319 olhos foi 0,5173 + 0,0377 mm, sendo o valor máximo 0,656 mm e o mínimo 0,430 mm. A PIO média foi 16,44 + 3,88 mmHg, a pressão máxima 30 mmHg e a pressão mínima 8 mmHg. Foi observada uma regressão linear de 0,13677 nas variáveis analisadas (p=0,0145), não havendo diferença entre sexo e idade. Dividiu-se as observações em dois grupos: grupo I -- PIO £ 21 mmHg -- com 285 olhos que apresentaram uma ECC média de 0,517 + 0,0376; e o grupo II -- PIO > 21 mmHg -- com 34 olhos que apresentaram uma ECC média de 0,519 + 0,0393. Conclusão: Observou-se uma regressão linear entre PIO e ECC, ou seja, quanto maior a ECC maior será a PIO. Demonstrou-se a utilidade da paquimetria corneana na avaliação da PIO daqueles pacientes em que esta estava falsamente aumentada ou diminuída na tonometria de aplanação, direcionando a terapêutica a pacientes realmente portadores de glaucoma.

Referência(s)