Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Anatomia do entusiasmo: cultura e revolução em Cuba (1959-1971)

2007; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 19; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0103-20702007000100005

ISSN

1809-4554

Autores

Rafael Rojas,

Tópico(s)

Brazilian cultural history and politics

Resumo

Nas duas décadas que antecederam a revolução de 1959 em Cuba constituiu-se um campo intelectual, similar ao descrito por Pierre Bourdieu para a alta modernidade européia, baseado na autonomia da esfera pública, nas instituições acadêmicas e no mercado. O triunfo revolucionário e a radicalização socialista dos anos de 1960 transformaram esse campo por meio de uma politização da sociedade que, ao mesmo tempo que destruía e alargava as hierarquias e os limites sociais da cultura, reduzia a autonomia do campo e a pluralidade ideológica dos discursos nacionais. O objetivo deste artigo é investigar a reacomodação experimentada pelas relações entre os intelectuais e o poder durante a primeira década da revolução cubana.

Referência(s)