Autoria, autenticidade e apropriação: reflexões a partir da pintura aborígine australiana
2012; National Association of Post-Graduate Research in Social Sciences; Volume: 27; Issue: 79 Linguagem: Português
10.1590/s0102-69092012000200006
ISSN1806-9053
Autores Tópico(s)Cultural Industries and Urban Development
ResumoOs povos indígenas correspondem a apenas 2,5% da população da Austrália, mas, surpreendentemente, a proporção de artistas é muito maior entre indígenas do que entre brancos. Este artigo propõe uma reflexão a respeito das explicações para esse fenômeno e discute a recente inserção da arte indígena da Austrália em museus, casas de leilões e galerias comerciais, o que tem suscitado uma série de questões no que concerne à determinação de autoria e autenticidade, categorias que, embora centrais para o mercado e o circuito expositivo, são relativamente arbitrárias e negociáveis. Além disso, passaram a ocorrer diálogos entre artistas brancos e indígenas, bem como apropriações - nem sempre autorizadas - da iconografia tradicional por parte de empresas e mesmo do governo federal, que vem lançando mão do repertório aborígine na construção da identidade nacional australiana.
Referência(s)