Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Análise econômica de quatro estratégias de suplementação para recria e engorda de bovinos em sistema pasto-suplemento

2007; Sociedade Brasileira de Zootecnia; Volume: 36; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s1516-35982007000600030

ISSN

1806-9290

Autores

Darcilene Maria de Figueiredo, André Soares de Oliveira, M. F. L. Sales, Mário Fonseca Paulino, Sônia Maria Leite Ribeiro do Vale,

Tópico(s)

Soil Management and Crop Yield

Resumo

Objetivou-se com este estudo avaliar as respostas produtiva e econômica de quatro estratégias de suplementação durante o ciclo produtivo de bovinos de corte recriados e terminados em pastagens tropicais. Os dados sobre consumo de suplemento e desempenho dos animais foram obtidos de seis experimentos utilizando 196 animais em pastejo. As estratégias de suplementação avaliadas basearam-se na idade ao abate dos animais (18, 24, 30 e 40 meses), idealizando-se um sistema de produção com área de 1.000 ha e taxa de lotação média de 1 UA/ha/ano. O ganho de peso médio anual dos animais abatidos aos 18, 24, 30 e 40 meses de idade foi de 0,76; 0,48; 0,35 e 0,23 kg/animal/dia, respectivamente, e proporcionou os seguintes números de ciclos de produção (1,20; 0,75; 0,55 e 0,38 ciclos/ano). O abate aos 40 meses foi a única estratégia de suplementação que apresentou margem bruta negativa, indicando insustentabilidade a curto prazo neste sistema. A margem líquida anual foi positiva para as idades de abate de 18 (R$ 220.766,39) e 30 meses (R$ 80.395,24) e negativa para 24 meses de idade. O alto consumo de suplemento e a concentração deste conumo em uma fase de pior conversão alimentar foram as causas da pior resposta econômica obtida com o abate aos 24 meses em relação ao abate aos 18 e aos 30 meses. As taxas de retorno do capital investido com terra (TRC), 5,48 (18 meses), -1,60 (24 meses), 1,16 (30 meses) e -1,67% ao ano (40 meses) indicaram que apenas o abate aos 18 meses permite a sobrevivênvia do empreendimento a longo prazo. A maior resposta produtiva a essa estratégia, em razão do menor nível diário de suplementação e do fornecimento de concentrado em fase de maior eficiência alimentar, explica os melhores resultados econômicos. Todavia, a escolha da melhor estratégia de suplementação depende de combinações favoráveis de preços relativos dos suplementos e pode ser definida pela diferença na TRC em relação à ausência de suplementação, estimada para cada estratégia.

Referência(s)