Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O uso do peritônio de paca conservado em solução supersaturada de açúcar a 300% ou glicerina a 98% implantados na parede abdominal de ratos

2014; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 66; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/1678-6703

ISSN

1678-4162

Autores

Leonardo Martins Leal, Alessandra Regina Scavone Ferreira, Ana Carolina Gonçalves dos Reis, Leandro Luís Martins, Sérgio Pinter Garcia Filho, Rita Fernandes Machado,

Tópico(s)

Surgical Sutures and Adhesives

Resumo

Na busca de material biológico alternativo para a realização de implantes, objetivou-se com o presente estudo avaliar comparativamente a implantação do peritônio de paca, uma nova opção de biomaterial, conservado em solução supersaturada de açúcar a 300% e conservado em glicerina a 98% na parede abdominal de ratos Wistar. Foram utilizados 60 ratos, machos, da linhagem Wistar, pesando entre 150 e 200 gramas, organizados nos seguintes grupos experimentais: grupo controle (GI), grupo peritônio conservado em solução supersaturada de açúcar a 300% (GII) e grupo peritônio conservado em glicerina a 98% (GIII), cada um com 20 animais. Os grupos GII e GIII receberam o enxerto de peritônio da paca conservado em solução de açúcar 300% e glicerina 98%, respectivamente, e o grupo GI não recebeu a membrana. Cinco ratos de cada grupo foram submetidos à eutanásia em quatro momentos distintos: sete, 15, 30 e 60 dias de pós-operatório para avaliações macroscópicas e microscópicas da interface implante-tecido nativo. Apesar de reações adversas observadas em 57,5% dos animais do grupo GII e GIII, em 95% dos animais desses grupos houve boa cicatrização da membrana. Na análise histológica, verificou-se a presença de grande infiltrado inflamatório nos períodos iniciais (sete e 15 dias) e grande presença de tecido conjuntivo nos momentos finais (30 e 60 dias). Concluiu-se que o peritônio da paca como membrana biológica conservado nos meios estudados pode ser utilizado com segurança na parede abdominal de ratos; ainda, que sua conservação em solução supersaturada de açúcar a 300% permitiu melhor maleabilidade no ato cirúrgico.

Referência(s)