Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Toxicidade e acúmulo de flúor em hortaliças nas adjacências de uma fábrica de alumínio

2010; Sociedade Botânica do Brasil; Volume: 24; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0102-33062010000400010

ISSN

1677-941X

Autores

Bruno Francisco Sant'Anna‐Santos, Aristéa Alves Azevedo,

Tópico(s)

Growth and nutrition in plants

Resumo

Com o objetivo de avaliar o potencial de acumulação de flúor e o percentual deste elemento removido pela lavagem, quatro espécies de hortaliças foram expostas em área poluída. Spondias dulcis foi utilizada como bioindicadora de reação e apresentou sintomas típicos em resposta ao poluente. Somente a salsa apresentou sintomas. Apesar de aparentemente sadias, as folhas das outras espécies utilizadas para estudos microscópicos, exceto da cebolinha, evidenciaram alterações na superfície, principalmente associados aos estômatos. Houve redução na espessura do limbo, mais acentuada no manjericão e na cebolinha, havendo formação de tecido de cicatrização na couve e condensação do conteúdo das células epidérmicas na salsa. As folhas subuladas e eretas da cebolinha favoreceram o menor acúmulo do poluente; já na salsa, as folhas laminares, recortadas e paralelas ao solo contribuíram para a maior retenção. A lavagem das folhas removeu 34,1 e 73,9% do flúor na cebolinha e na salsa, respectivamente, indicando que a maior parte do poluente encontrava-se internamente na cebolinha e externamente na salsa. O cultivo destas hortaliças em áreas poluídas por flúor é inadequado, pois os teores do poluente estão acima do recomendado para o consumo, mesmo após a lavagem das folhas.

Referência(s)