
Gladiadores na Roma Antiga: dos combates às paixões cotidianas
2007; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 26; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0101-90742007000100016
ISSN1980-4369
AutoresMaria Aparecida de Oliveira Silva,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoSao Paulo: Annablume/Fapesp, 2005. As interpretacoes sobre a historia da gladiatura em Roma perpassam a fronteira do racional, em muitos momentos, os relatos atingem o campo do fantastico, do maravilhoso. Em parte, a idealizacao desse fenomeno coletivo ocorre em razao da grandiosidade e da complexidade dos espacos reservados as lutas dos gladiadores, o que desperta a imaginacao de seus observadores. Na tessitura dessas construcoes imaginarias, temos ainda a presenca das famosas historias de prisioneiros de guerra, criminosos, condenados ou escravos-mercadoria que se tornaram homens abastados. Segundo essa visao historico-romântica da gladiatura, esses individuos oriundos das camadas populares obtinham a liberdade e a riqueza apos alcancar sucessivas vitorias na arena. Dessa maneira, a conquista da gloria e da fama permitia ao gladiador administrar escolas de gladio – percebendo grandes quantias com a venda de escravos e a organizacao de espetaculos – ou desposar belas e ricas mulheres. Em geral, as publicacoes sobre a historia romana reservam dezenas de suas paginas ao relato de fatos pitorescos ocorridos nos combates. Muitos historiadores, atentos aos aspectos bizarros da gladiatura, centram-se na descricao de sangrentas batalhas e inauditos episodios desse espetaculo. Outros deslocam seu olhar para a revolta de Espartaco, alimentando o romantismo da corrente marxista que ve no conflito um exemplo de sublevacao das massas. No entanto, apesar da aparente contradicao dessas correntes, existe um ponto de contato entre elas que se faz perceber no disseminar da visao
Referência(s)