Revisão Acesso aberto Produção Nacional

Gordura visceral, subcutânea ou intramuscular: onde está o problema?

2004; Editora da Universidade de São Paulo; Volume: 48; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/s0004-27302004000600005

ISSN

1677-9487

Autores

Helen Hermana Miranda Hermsdorff, Josefina Bressan Resende Monteiro,

Tópico(s)

Health and Lifestyle Studies

Resumo

O tecido adiposo é um órgão dinâmico que secreta vários fatores, denominados adipocinas. Eles estão relacionados, direta ou indiretamente, em processos que contribuem na aterosclerose, hipertensão arterial, resistência insulínica e diabetes tipo 2, dislipidemias, ou seja, representam o elo entre adiposidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. Na obesidade, os depósitos de gordura corporal estão aumentados, apresentando conseqüente elevação na expressão e secreção das adipocinas, proporcionalmente ao maior volume das células adiposas. Os diferentes depósitos de gordura, a saber: tecidos adiposos visceral, subcutâneo abdominal, subcutâneo glúteo-femural e intramuscular, possuem grau metabólico e endócrino diferenciados, podendo estar, portanto, interferindo de forma específica nos processos inerentes à adiposidade corporal em obesos e diabéticos. O presente trabalho visa discutir sobre o papel endócrino e metabólico de cada compartimento de tecido adiposo, de modo a avaliar a contribuição dos mesmos nas complicações inerentes à obesidade.

Referência(s)