
Exacerbação aguda da DPOC: mortalidade e estado funcional dois anos após a alta da UTI
2011; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Volume: 37; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1806-37132011000300009
ISSN1806-3756
AutoresCassiano Teixeira, Claúdia da Rocha Cabral, Jaqueline Sangiogo Hass, Roselaine Pinheiro de Oliveira, Mara Ambrosina de Oliveira Vargas, Ana Paula Freitas, Alessandra Hofstadler Deiques Fleig, Erika Treptow, Márcia Inês Boff Rizzotto,
Tópico(s)Dialysis and Renal Disease Management
ResumoOBJETIVO: Determinar a taxa de mortalidade de pacientes com DPOC e avaliar o estado funcional dos sobreviventes dois anos após a alta da UTI. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectiva realizada nas UTIs de dois hospitais na cidade de Porto Alegre (RS) com pacientes com exacerbação aguda de DPOC e internados em UTI entre julho de 2005 e julho de 2006. Dois anos após a alta, os sobreviventes foram entrevistados via telefone. Os dados obtidos foram utilizados na determinação dos escores da escala de Karnofsky e de uma escala de atividades de vida diária (AVD). RESULTADOS: Foram incluídos 231 pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 37,7% e a mortalidade extra-hospitalar foi de 30,3%. Dos 74 sobreviventes, foram entrevistados 66 (89%). A média de idade dos pacientes no momento da internação na UTI era de 74 ± 10 anos e a do escore Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II era de 18 ± 7. Tinham duas ou mais comorbidades 87,8% dos pacientes. Dos 66 entrevistados, 57 (86,3%) viviam em suas casas, 58 (87,8%) eram capazes de realizar seu autocuidado, 12 (18,1%) utilizavam oxigenoterapia, e 4 (6,1%) necessitavam suporte ventilatório. Houve uma significante redução na qualidade de vida e na autonomia, segundo os escores da escala de Karnofsky (85 ± 9 vs. 79 ± 11; p = 0,03) e de AVD (29 ± 5 vs. 25 ± 7; p = 0,01), respectivamente. CONCLUSÕES: A mortalidade desta amostra de pacientes foi muito elevada nos primeiros dois anos. Embora houvesse evidente redução do estado funcional dos sobreviventes, os mesmos preservaram a capacidade de realizar seu autocuidado
Referência(s)