
A lei de terras (1850) e a abolição da escravidão: capitalismo e força de trabalho no Brasil do século XIX
1989; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 120 Linguagem: Português
10.11606/issn.2316-9141.v0i120p153-162
ISSN2316-9141
AutoresRegina Maria d'Aquino Fonseca Gadelha,
Tópico(s)History of Colonial Brazil
ResumoO artigo estuda dentro de uma perspectiva marxista (Chico de Oliveira, Meillassoux, etc), o processo tardio de mercantilização da terra como parte do projeto elitista de transição para o trabalho livre. Os marcos do desenvolvimento capitalista foram a abolição do tráfico e a lei de terras em 1850 através dos quais foram feitas tentativas para reter nas terras com vínculos de trabalho os libertos, impedindo sua dispersão pelo território nacional e o acesso a pequena propriedade. A concentração das propriedades e o sistema da "plantation" exigiam a manutenção de uma mão-de-obra barata e dependente. A elite cafeeira controlou a política de terras até as vésperas da abolição, quando a imigração estrangeira coincidiu com o encarecimento abruto das terras, que continuaram como monopólio dos grandes proprietários, de modo a facilitar uma mão-de-obra barato e dependente.
Referência(s)