Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

HEMODIÁLISE E DEPRESSÃO: REPRESENTAÇÃO SOCIAL DOS PACIENTES

2014; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 19; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/1413-73722381608

ISSN

1807-0329

Autores

Fabrycianne Gonçalves Costa, Maria da Penha de Lima Coutinho,

Tópico(s)

Health, Nursing, Elderly Care

Resumo

Este estudo objetivou analisar os diferentes campos semânticos associados aos estímulos indutores insuficiência renal crônica (IRC), tratamento, hemodiálise e depressão, elaborados por pacientes com doença renal crônica em hemodiálise com e sem sintomas de depressão. Participaram do estudo 50 pacientes em tratamento de hemodiálise, com idades entre 20 e 73 anos (M= 46,05; DP= 13,4), que responderam a um questionário sociodemográfico, à Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e à Técnica de Associação Livre de Palavras. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e análise fatorial de correspondência. Os resultados indicaram que 20% dos pacientes apresentaram sintomas depressivos. O conhecimento do senso comum acerca da IRC esteve focado no desconhecimento das causas que ocasionam a doença renal, bem como no tratamento e suas dificuldades, sendo a IRC considerada um pesadelo. O tratamento foi calcado na tríade terapêutica sessões de hemodiálise, dieta e medicação, assim como, no suporte emocional proveniente do apoio, cuidados e esperança. O campo semântico do estímulo hemodiálise esteve voltado para a representação simbólica da máquina e para a iminência da morte. A sintomatologia da depressão foi objetivada nos elementos agonia, tristeza, choro, não ter vontade e apoio. Os resultados evidenciaram a importância do suporte emocional, familiar e social aos pacientes renais, tendo sido observado que o apoio foi mencionado como um dos fatores fundamentais para o auxílio tanto na doença renal crônica quanto na depressão.

Referência(s)