Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Primazia da democracia e autonomia da ciência: o pensamento de Feyerabend no contexto dos science studies

2010; Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português

10.4013/fsu.2010.111.04

ISSN

1984-8234

Autores

André Luís de Oliveira Mendonça, Priscila Araújo, Antônio Augusto Passos Videira,

Tópico(s)

Science and Science Education

Resumo

Feyerabend é, a um só tempo, um dos filósofos da ciência mais citados e um dos menos analisados. Muitos são os mal-entendidos em torno de sua obra. É, assim, necessária uma avaliação ponderada das ideias desse que ainda pode ser um autor de relevância e atualidade inestimáveis para todos aqueles que querem pensar sobre o lugar da ciência nas sociedades pretensamente democráticas. Não nos interessará aqui, entretanto, fornecer um trabalho exegético de reconstituição exaustiva do seu pensamento – embora também visemos a desfazer o que são, a nosso juízo, alguns equívocos de interpretação – pois o que queremos é, antes de tudo, ressaltar duas de suas teses: em um primeiro momento, pretendemos sublinhar sua defesa da autonomia da ciência; em um segundo, sua defesa da autonomia de outras tradições não-científicas. Além disso, desejamos mostrar a conexão que o pensamento feyerabendiano mantém com os science studies e discutir a tarefa que ainda caberia à filosofia desempenhar nesse novo contexto. Para antecipar a substância do argumento, embora tenha dado boas-vindas a esses estudos empíricos sobre a ciência, conjecturamos que Feyerabend não fecharia com sua “anemia política”, caso ele a tivesse percebido.

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