Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estudo da audição em crianças com fissura labiopalatina não-sindrômica

2010; Elsevier BV; Volume: 76; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1808-86942010000200004

ISSN

1808-8694

Autores

Maria Isabel Ramos do Amaral, José Eduardo Martins, Maria Francisca Colella dos Santos,

Tópico(s)

Congenital Ear and Nasal Anomalies

Resumo

Crianças com fissura labiopalatina apresentam frequentemente otite média, em decorrência de alterações anatômicas e/ ou funcionais da tuba auditiva. OBJETIVO: Analisar o desempenho de crianças fissuradas na Avaliação Audiológica Básica (AAB) e Triagem do Processamento Auditivo (TPA). FORMA DO ESTUDO: Corte transversal prospectivo. MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliadas 44 crianças, do sexo masculino e feminino, na faixa etária de 8 a 14 anos, portadores de fissura labiopalatina não-sindrômica encaminhadas pela Instituição onde a pesquisa foi realizada. A AAB foi composta pela anamnese, otoscopia, audiometria tonal liminar, logoaudiometria e imitanciometria. A TPA foi composta pelos testes de Localização Sonora em Cinco Direções, Memória Sequencial para sons verbais e não-verbais e Teste Dicótico de Dígitos. RESULTADOS: Na AAB verificamos que 77,27% das crianças apresentaram resultados normais na audiometria tonal liminar, 13,6% apresentaram perda auditiva condutiva e 2,2% apresentou perda mista. 21,2% apresentaram curva timpanométrica tipo C, 7,1% curva tipo B e 3,5% curva tipo Ad. A TPA esteve alterada em 72,7% das crianças, sendo que 45,5% apresentaram alteração no Teste Dicótico de Dígitos. CONCLUSÃO: As crianças fissuradas tiveram desempenho alterado tanto na AAB quanto nos testes da TPA, o que justifica a avaliação e o acompanhamento fonoaudiológico e otorrinolaringológico nestes casos.

Referência(s)